domingo, 25 de abril de 2010

O Medo de você não amar...



Cavando um buraco pra me proteger, talvez de você.
Mas as paredes estão desabando encima de mim.
O ar está acabando, mas estou tentando, estou respirando...
Venha me encontrar.
Não havia sido assim antes de você entrar em minha vida, minha casa não parecia um lar e você o tornou um lar para nós.
E eu sei que é fácil falar, mas é difícil sentir-se assim.
Sinto mais sua falta do que deveria, mais do que achava que poderia.
Não consigo parar de pensar em você.
Sei que você teme que eu logo deixe de amar você, mas o amor, o amor é eterno, mesmo que seja apenas enquanto dure, mas é eterno, na sua efemeridade.
Ter medo faz parte. Parte da beleza de me apaixonar por você e o medo de que você não faça o mesmo me assusta.
E nunca havia sido assim antes, não pra mim.
Eu nunca havia sentido esse medo, você mudou meu coração e fragilizou meu corpo e mente.
Agora não consigo parar de pensar em você.
E eu odeio o telefone, mas queria que você ligasse.
Achei que estar sozinho era melhor, que era melhor que me apaixonar de novo, mas me enganei, eu me rendo.
E eu sei que é fácil falar, mas é difícil sentir-se assim, mas estou assim, todo bobo.
Sinto mais sua falta do que deveria, mais do que achava que poderia.
E só você pode preencher o espaço que você mesmo criou, só você pode dar o significado de lar à minha casa, só você pode dar o significado de amor ao meu coração.
E se você não ligar eu ligo, se você não vier a mim eu vou até você.
Se você não correr ao meu encontro eu corro ao seu.
Se você não se mudar por mim, eu mudo por você.
Se você não me disser NÃO, eu digo SIM. Se você não me disser PARE eu continuo amando VOCÊ.
Se amar é o limite que você determinou para nós, estou no meu LIMITE.
Amar é ...
Arthur Alter in love again :D!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Eu já estou aí...


Ele me ligou de uma estrada, de um quarto de hotel frio e solitário apenas para ouvi-me dizer: "Eu te amo" mais uma vez.
E quando ele ouviu ao fundo o som de nossa música, ele teve de enxugar uma lágrima de seu olho.
E eu tive que perguntar: quando você virá para casa?"
E ele disse a primeira coisa que veio em sua mente:
Eu já estou aí, olhe à sua volta.
Eu sou o brilho do sol em seu cabelo.
Eu sou a sombra no chão.
Eu sou o sussuro no vento.
Eu sou o seu amigo imaginário.
E eu sei que eu estou em suas preces, então... eu já estou aí.
Então eu disse: Eu realmente sinto sua falta querido.
Mas não se preocupe comigo tudo ficará bem. Só quero que saiba que sinto sua falta.
Queria estar em seus braços, encontrar-me bem ao seu lado, mas eu sei que estarei em seus sonhos hoje à noite.
E eu gentilmente beijaria seus lábios.
Tocaria você com a ponta dos meus dedos e então apagaria as luzes e fecharia seus olhos.

E ele me disse novamente: eu já estou aí!
Não faça nenhum baraulho.
Eu sou a batida do seu coração.
Eu sou a luz da lua brilhando menos.
Eu sou o sussuro no vento.
E eu estarei aí até o fim...
Você pode sentir o amor que nós compartilhamos? Eu já estou aí!
Podemos estar a milhares de milhas de distância, mas eu estarei com você onde quer que você esteja.
Eu já estou aí! Quem ama está sempre presente. Amo você. E uma lágrima escorreu de meus olhos... eu também te amo eu disse novamente!
Arthur Alter

sábado, 3 de abril de 2010

Nobel -


Viu quem ganhou o Nobel de Literatura?
Quem?
Este nem você conhece.
Quem é?
Um tal de Roger Paillac.
Ninguém conhece.
O Roger Paillac?
Vai dizer que você conhece?
Conheço.
Mas jamais pensei que ele pudesse ganhar o...
Espera um pouquinho.
Você conhece o Roger Paillac?!
Escuta aqui. Só porque você não conhece, não quer dizer que ele seja desconhecido.
Mas todo mundo com quem eu falei, até agora, conhece ele até menos do que eu.
Ora, todo mundo.
É preciso ter um mínimo de informação, certo, não é um autor popular.
Mesmo na França deve ter muita gente que não o conhece.
Mas você conhece o Marcel Paillac.
Roger Paillac.
Conheço. O que é que eu vou fazer? Conheço.
É poeta, é?
Parece que fez poesia também.
O que você leu dele?
Lembro de um conto. Uma espécie de conto. Uma coisa assim, meio impressionista. Não me impressionou muito. Nunca entendi muito bem a reputação dele com a nova crítica.
Não foi ele que escreveu Les oiseaux colerique?
Não, não. Não tem nada a ver.
É mesmo.
Aquele é o Fouchard de Brest. Quer dizer que o Jean-LouisPaillac...
Roger Paillac. Jean-Louis. Roger.
Tem certeza?
Absoluta.
Pois não é Jean-Louis nem Jean-Paul, nem Roger, nem Marcel.
Como, não é?
Eu inventei o nome.
O Roger Paillac não ganhou prêmio Nobel e nuncavai ganhar porque não existe.
(Silêncio.) Rá. Te ganhei.
(Silêncio.)
Escuta. Você... Eu... Era brincadeira... ESPERA! (Sons de briga. Alguém sendo esgoelado.)
Socorro! Au secour! Soc.(Silêncio.)
(Texto de Luis Fernando Veríssimo)