terça-feira, 7 de setembro de 2010

De volta pra casa

Pouco mais de seis meses depois de ter chegado a Florianópolis eu resolvi voltar pra Minas. Eu estava numa dúvida grande entre retornar pra Capital mineira onde nasci ou Uberlândia onde vivi os últimos seis anos de minha vida. E de certa forma tudo conspirou pra que eu voltasse pra Uberlandia. E aqui estou. Os ares das alterosas de Minas me fazem mais feliz que qualquer outro lugar.
Bom, o rítimo de minha vida aqui não vai ser nada diferente daquele de floripa. Além da rotina, a cada 15 dias passo um fim de semana em BH pra curtir meus pais e o amor de minha vida o Gui. E a cada outros quinze dias, ele vem pra cá.Na verdade ele veio só uma vez aqui, pois tem só um mês que estou de volta. E na primeira vez que ele veio, foi muito especial. Fazia pouco mais de 20 dias que tínhamos estado juntos. Ele chegou no fim do dia numa sexta feira e eu fui buscá-lo na rodoviária. Ele estava lindo como sempre e com um sorriso que não se contentava pra si apenas. Eu o recebi com um bejinho no rosto e um abraço gostoso. Não sei ao certo se as pessoas que viram pensaram se somos namorados, amigos, irmãos o sei lá. Mas de uma coisa eu tenho certeza, manisfestar nossos sentimentos é muito bom.

Chegamos em casa pouco depois de 10 minutos e então sim nosso beijo foi apaixonado e longo o suficiente pra dizer, sem palavras o tamanho da saudade. Seguido do beijo, abraço e carinho não faltaram. Sentamos abraçados e conversamos sobre tantas coisas, saudade, alegria, sonhos e projetos. Combinamos de ver o filme do “começo ao fim” o qual eu ainda não havia assistido. Podem dizer que sou atrasado, sou mesmo. Foi falta de tempo e uma certa desilusão devido as críticas que ressaltaram que o filme deixou muito a desejar no sentido de que poderia ter sido mais contundente. E eu acho que as críticas estavam certas. Mas pretendo fazer uma postagem sobre meu ponto de vista depois.
Assistimos o filme juntos. Fizemos comentários, reprovamos alguma coisa, ressaltamos outras. E namoramos muito. Depois saímos pra jantar e durante o jantar o assunto ainda foi o filme. Retornamos pra casa com uma sensação de que o amor vale a pena se a gente aprender a ver os dois lados de cada situação. O amor não tem regras nem limites. O amor tem apenas que ser manifestado porque ele dura só aquele momento que fica na saudade ou na lembrança. O encontro de amanhã é novidade, é manifestação nova.
Deitamos juntos e parecia tudo tão mágico, tão intenso e verdadeiro que nosso amor foi diferente e mais intenso que de todas as outras vezes.
A cada beijo do Gui eu sentia como se meu corpo saisse de mim mesmo, cada vez que sua mão tocava meu corpo eu me perdia no tempo e no espaço. E quando eu o tocava e beijava eu sentia que ele sentia o mesmo. Seus suspiros hora profundos, hora suaves davam o contorno perfeito aos nossos corpos. E foi assim que fizemos amor suavemente, sem pressa, sem medo de que não haveria amanhã e com uma certeza, tudo o que tínhamos era aquele momento e ele tinha que ser especial. Fizemos amor intensamente, suavemente, lentamente, calmamente, apaixonadamente. Seguido do banho nosso amor agora era manifesto apenas por dois corpos jogados um ao lado do outro suspirando e respirando levemente com olhares soltos um no outro até que dormimos...
( a continuar)

Arthur Alter