sábado, 19 de junho de 2010

Arthur e Guilherme II

era tarde, quase duas horas da manhã quando cheguei em casa. Ansioso entrei para o quarto e por um minuto fiquei pensando se devia ligar ou não. Na verdade eu sabia que se eu não ligasse eu não conseguiria dormir de ansiedade. Eu não tinha nada a perder. Liguei e logo na terceira chamada ele atendeu, perguntando: quem é? E eu disse sou eu, uma cara, tipo assim, bem bobo que ficou flertando com você no Shopping, e ele sorriu... eu pude sentir que era algo gostoso e espontâneo aquele sorriso. Nossa, você demorou ahn? Pensei que nem ligaria, ele disse. É pois é, só agora cheguei em casa a noite com meus pais foi longa.
Mas então, posso saber seu nome? Eu perguntei. E ele logo disse que era Guilherme e naquelas apresentações formais eu disse que me chamava Arthur. Formalidades a parte eu o convidei para sair comigo no sábado a tarde, eu já sabia que teria alguma atividade pra fazer com meus pais a noite e eu não queria desapontá-los afinal, eu havia saido de Florianópolis só para passar o fim de semana com eles. O Guilherme estranhou um passeio a tarde, mas devido à minha explicação concordou já com uma pergunta: Poxa, você mora em Florianópolis? Eu eu disse que sim e logo senti um ar de desapontamento.
Mais um pouco de conversa e deixamos para nos falar no início da tarde daquele dia que já adentrara à madrugada.

Dormi bem e pensando em como deveria ser aquele encontro, meu coração pulsava desconpassado, ansioso. Acordei por volta das 8:30 da manhã o café posto à mesa já me aguardava. Eu, filho único, há mais de 10 anos morando fora de casa. Desde os 19 na verdade. No passar desses anos todos, eu quase nunca tinha o privilégio de encontrar uma mesa posta com o carinho e amor de mãe. Eu estava (estou ) numa fase de nostalgia, - saudade excessiva de casa, de meus pais. Tomei café conversando com meus pais sobre meus planos. Terminar o mestrado, trabalhar menos, ganhar mais, talvez essa seja uma ilusão. Mas enfim, outro de meus planos era que estava pensando em voltar pra Minas, pra BH ou Uberlandia novamente, mamãe não se conteve de alegria e me pediu para que voltasse pra casa. Que sentia falta de seu filho mais que nunca. Eu disse apenas que pensaria na possibilidade com carinho, mas que ela não alimentasse expectativas. Papai reforçou o convite e disse que um retorno a casa poderia me fazer bem, que talvez eu pudesse me dedicar só ao mestrado sem ter que trabalhar também. Dessa parte eu gostei, mas isso significaria ficar na depedência. Embora eu já tenha conquistado minha independência financeira, eu sei que ele estaria sempre tentando me dar alguma coisa.
E como filho único, não tenho muitas outras alternativas. Mamãe me perguntou o que eu queria para o almoço e eu disse que queria comida de mãe, bastaria isso. Eu disse apenas que gostaria de almoçar as 12:30 pois teria que sair naquela tarde. Meu encontro com o Guilherme seria as 15:00 horas.
Papai foi ao mercado e fiquei em casa com mamãe, por volta das 11:00 horas dei uma ligada ao Guilherme e ele antendeu ainda na cama, eu pude perceber. Mas ele gostou de ser acordado por mim, ele disse.
Depois do almoço eu dormi uns 30 minutos ou um pouquinho mais. Tomei um banho me arrumei bem e ainda tive a cara de pau de pedir minha mãe o carro dela. Sai de casa faltava menos de 20 minutos para as 3:00 da tarde, meu coração estava a mil de ansiedade.
Encontrei com o Guilherme no Shopping Del Rey na região da Pampulha, bem de pertinho ele era ainda mais bonito. Nos comprimentados discretamente e sentamos em uma mesa e uma jarra de Shopp nos acompanhou na conversa que fluiu super bem. Ele falou dele, do que faz, de seus projetos para o futuro. Ao terminar me disse, mas você ahn? Tinha que morar tão longe? Por que gente bonita mora longe? E eu disse uai é?
Depois que falei de mim, eu apenas o convidei para ir visitar-me em Floripa. Ele pensou, pensou e depois disse: pode ser que sim, se valer a pena, por que não? Afinal, eu ainda não conheço lá.
Depois de todas essas formalidades decidimos arrumar um lugar pra gente ficar a sós. Meu coração tremeu, afinal já fazia 4 meses que estava sozinho de tudo. Escolhemos um lugar super bacana, na verdade ele escolheu.
Ao entrarmos no quarto ainda conversamos um pouco e nos beijamos e eu vi estrelinhas...
(Parte final a continuar)
Abraço vocês com carinho. Bju a todos.
Arthur Alter.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conto: Arthur e Guilherme - I

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Eu estava ansioso pra chegar em Belo Horizonte, logo que entrei no avião meu desejo era que eu estivesse logo saindo, a viagem parece que domorou mais que de costume. E era só a saudade de meus pais que me incomodava e por mais estranho fazia apenas um mês e meio que eu havia estado com eles. Mas naquela sexta-feira eu já levantara com saudades.
Arrumei minhas coisas, fiz a barba, fiz algumas abdominais, tomei banho, me arrumei e parti para o aeroporto. Saí de Florianópolis as 13:30 com uma breve escala em São Paulo e no fim da tarde eu já estava em Minas. Minha mãe me esperava no aeroporto e aquele abraço que dei nela não queria terminar nunca, então ela me beijou e com o carinho de mãe me perguntou se estava tudo bem, na verdade ela estranhara o abraço demorado demais e eu disse que sim, que era a saudade e fomos pra casa.
Quando chegamos, papai estava chegando também, ele caminhou em minha direção sorriu amavelmente e meu abraço não foi menos demorado, e ele logo disse: vejo que anda com saudade de casa, não é garoto? Os anos de juiz desembargador e o trato com pessoas lhe fizera um mestre em leitura de comportamente humano, ele sentira pelo meu abraço que a saudade me machucava. E era verdade.
( o Gui )
Enquanto mamãe fora preparar algo pra gente comer eu fui tomar um banho. E aquele banho me pareceu o melhor de todos, tudo era tão familiar e gostoso que até o sabonete tinha o cheiro de minha infância. Já mais feito e descançado depois do banho e feliz por estar em casa fui lanchar e conversamos sobre meus dois primeiros meses em Floripa, eu falei de tudo com contentamento, mas não deixei de mencionar que a saudade era maior que eu pudesse imaginar. Papai me perguntou: por que não volta pra casa? Eu apenas disse: quem sabe, pode ser, mas não contem bem com isso. Mamãe apenas disse que ela queria muito que seu filhote voltasse ao ninho e eu disse: mamãe seu filhote cresceu, sabe voar e se cuidar sozinho, não vês que ele sempre volta? E o que vamos fazer hoje eu perguntei e papai me disse: que tal um cinema? Nós três: eu você e sua mãe? E eu disse: ah papai o filme tem que ser muito bom. E ele me disse estou querendo ver o Avatar, seria bom um filósofo assistir comigo pra gente discutir depois, e eu ri com o desejo de papai. Mas acabamos fechando com isso. Mas mamãe disse só se for na seção de 7:15 da noite, mais tarde eu não aguento e acabo dormindo. Mamãe, mas já são seis horas eu retruquei. E o que tem, ela replicou. Vamos indo logo então. Eu estava com saudade do Shopping BH e combinamos de irmos lá. Em poucos minutos saímos de casa. Chegamos ao shopping compramos nossos bilhetes e pipoca rsrsrs, cinema sem pipoca não rima rsrsrs. Depois do filme fomos pra área de alimentação tudo estva cheio nossos olhares procuravam uma mesa livre ou alguém se levantando. E eu olhava atento. Logo uma mesa ficou disponível e nos sentamos, daí papai foi fazer o pedido. Eu conversava com mamãe e observava à volta e logo meus olhos se depararam com um rapaz bonito aos meus olhos, e ele me olhava. Toda vez que eu o olhava ele me olhava também. Tratei de disfaçar logo, afinal eu estava com meus pais. Papai voltara pra esperar o pedido. E começamos a conversar sobre o filme. Sempre que eu podia eu olhava aquele rapaz e disfarçadamente nos flertávamos. Eu conversava sobre o filme e flertava e acho que fazia as duas coisas muito bem pois papai ficava empolgado com o diálogo e ao mesmo tempo aquele rapaz agora tinham olhos que brilhavam ao encontro dos meus e acho que os amigos dele logo perceberam que ele flertavam comigo. Levantei e fui pedir mais um suco pra mim e eu queria que ele se levantasse. Mas ele não levantou, um de seus amigos veio ao balcão e apenas me entregou um papelzinho com um número de telefone.
Logo que sentei à mesa eu queria ir embora, eu queria ligar pra ele, mas o tempo me prendera ali por mais muito tempo e ele e seu amigos se foram. Ao chegar em casa e já tarde eu liguei... ( continuar)
Arthur Alter