quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um brinde a VIDA

As vezes sinto que falto eu em mim mesmo…
Foi essa uma parte do comentário que deixei no blog de um amigo o Gilson do blog momentos compartilhados.
Por que? Como assim faltar eu mesmo em mim?
Quando todos parecem ter uma rotina predeterminada, minha vida gira sem parar. Nada é igual embora eu desenvolva a mesma atividade quase todos os dias. Levanto e saio correndo para preparar meu café, enquanto a cafeteira faz o serviço é tempo de banho... nossa já falei disso. Vou correndo pra faculdade, aulas, atividades, discussão em grupos. Vou dar aulas, volto a estudar o telefone toca, perco o sentido e esqueço exatamente onde estava, tenho que ficar atento, pagar as contas em dia. Não me lembro quando fui ao cinema nos últimos três meses, não sei quando descansei de verdade num fim de semana. Até mesmo namorar tem parecido chato. Tem hora que quero ficar sozinho, esquecer de todo mundo, desligar o telefone e sumir, acampar no meio do nada longe de todos. Mas tenho medo.
Me viciei na metropole, no barulho, na correria. E isso já me afastou daquilo que eu gostava. Chego em casa olho o computador, e com tremenda angustia checo meus e-mails, dá uma vontade grande de ascessar o blog, mas me controlo. Ligo a TV e logo desisto sempre as mesmas coisas. Tento ouvir música, mas até pra isso eu preciso estar bem comigo mesmo. Estou mesmo cansado! Fim de ano! Sinto falta dos dias de criança, sinto falta do aconchego da casa da mamãe. Acho que preciso me casar, estou cansado de acordar sozinho e de ir deitar sozinho... a solidão tem me enfraquecido. Namoro a distância, ninguém merece! Faz mal ao coração.
Fico dias sem fazer a barba, me olho no espelho e nem me reconheço. Durmo pouco, saio correndo, não observo as pessoas, não observo a vida... e eu sempre observava tudo e todos, tudo me encantava, hoje estou num grau de stress que nem mesmo as cores vivas do dia me chamam a atenção.
Ontem mamãe me ligou e me deu uma notícia ruim, um primo meu de minha idade morreu de acidente de carro. Ela deu a notícia entre lágrimas. E eu disse sinto muito mamãe. Depois que desliguei o telefone fui fazer o que eu estava fazendo, esqueci complemente da notícia, de tão anestesiado que estava com meus afazeres. Deitei e nem me lembrei de ninguém. Acordei agora de manhã e do nada me lembrei... Parei tudo. Desisti de ir à aula. Apenas escreverei um pouco. Depois eu ligo pra casa. No fim de semana vou a BH visitar meus tios. Hoje eu quero pensar na vida, pensar em mim mesmo e não vou correr tanto. Vou sair e ver as pessoas na rua. Quero sorrir para os velhinhos e brincar com as crianças. Quero ir até o mirante e ver o sol se pôr e depois vou voltar pra casa. Vou escutar Nana Caymmi, tomar uma taça de vinho, tomar um banho relachante, quero assistir um filme bem light, prayers for Bobby.
No fim, ao deitar quero fazer uma prece por mim mesmo e vou me comprometer a prestar mais atenção em mim mesmo se de verdade eu quiser prestar atenção vocês também. Quero dormir em paz ao menos por hoje.
Bju a todos.
Arthur alter Lima

15 comentários:

  1. É assim mesmo Arthur que me sinto, essa semana fui trocar o carro, escolhi o carro num repente, fechei a compra em 40 minutos com as luzes da concessionária se apagando, durante a semana escolhi o resto dos acessórios que queria que fossem inclusos, tudo correndo, o carro ficou pronto e eu tive que ir correndo buscar na hora do alomoço para voltar para uma reunião, não curti nada, agora aos poucos, no trajeto do trbalho/casa é que estou começando a apreciar o carro. As vezes também quero parar, ler um livro, ir para beira da praia e ali ficar olhando a imensidão do mar....................
    Nana é ótimo, aposto que sua preferida é "Não se esqueça de mim".......acertei.

    Um abração

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  2. Vamos tomar essa taça um dia juntos, num longo papo sobre vida e filosofia.

    Abração

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  3. De Elisa Lucinda
    Termos da nova dramática (Parem de falar mal da rotina)

    Parem de falar mal da rotina
    parem com essa sina anunciada
    de que tudo vai mal porque se repete.
    Mentira. Bi-mentira:
    não vai mal porque repete.
    Parece, mas não repete
    não pode repetir
    É impossível!
    O ser é outro
    o dia é outro
    a hora é outra
    e ninguém é tão exato.
    Nem filme.
    Pensando firme
    nunca ouvi ninguém falar mal de determinadas rotinas:
    chuva dia azul crepúsculo primavera lua cheia céu estrelado barulho do mar
    O que que há?
    Parem de falar mal da rotina
    beijo na boca
    mão nos peitinhos
    água na sede
    flor no jardim
    colo de mãe
    namoro
    vaidades de banho e batom
    vaidades de terno e gravata
    vaidades de jeans e camiseta
    pecados paixões punhetas
    livros cinemas gavetas
    são nossos óbvios de estimação
    e ninguém pra eles fala não
    abraço pau buceta inverno
    carinho sal caneta e quero
    são nossas repetições sublimes
    e não oprime o que é belo
    e não oprime o que aquela hora chama de bom
    na nossa peça
    na trama
    na nossa ordem dramática
    nosso tempo então é quando
    nossa circunstância é nossa conjugação
    Então vamos à lição:
    gente-sujeito
    vida-predicado
    eis a minha oração.
    Subordinadas aditivas ou adversativas
    aproximem-se!
    é verão
    é tesão!

    O enredo
    a gente sempre todo dia tece
    o destino aí acontece:
    o bem e o mal
    tudo depende de mim
    sujeito determinado da oração principal.

    29 de outubro de 1997

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  4. Oi Teté rsrsrs,
    É meu amigo eu sei bem do que vc está falando, sei como é triste essa vida de correr de um lado para o outro sem tempo pra nada. Que bom que vc tirou um tempinho pra vc. Um dia apenas, mas faz toda a diferença. Trate de fazer isso mais vezes, e VEJA A VIDA de verdade mesmo. APROVEITE!
    Vi suas pegadas lá no blog do HB, que show de bola o Brayan né? Ele escreve super bem, adoro visitar o blog dele.
    Olha, quando chegarmos ao Brasil, vc trate de ir a Brasília nos visitar oK? tá devendo!!! kkk
    Um bju nosso se cuida!
    Jay

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  5. A vida é um corre corre com demasiados sinais de trânsito em que o proibido é o desejado e a obrigação o dever de prestar atenção ao condutor... por vezes esquecemo-nos de que somos nós os "condutores" ...
    Gostei dos seus textos e das reflexões implícitas!

    Beijinho

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  6. Meu querido tudo bom!!! saudade mesmo do seu cantinho aqui... Eu tava revitalizando meu blog e na sexta fiz varias posts!! to sempre na area ok! abraços e continue assim.. só sucesso!!

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  7. Comentando o seu texto, existe uma diferenca entre solidao e carencia.. Carencia eh quando vc sente falta de alguem, mas solidao eh quando falta voce em voce mesmo.. sabe sua essencia..
    nao pode deixar isso acontecer nunca!! quer uma dica? vira a pagina e começa a escrever sua vida tudo de novo... a gente precisa disso pra crescer... abraços!!

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  8. QUERIDO ARTH.
    vim lhe retribuir a calorosa visita.
    acredito que essa rotina nos faz evadir do próprio EU, quanta insensibilidade pode ser acumulada em nosso coração através de um cotidianos vago e sem lapso. Algumas vezes me senti assim, então fiz minha "parte em azul", voltei a um eixo que sempre imaginei estar,o meu eixo.

    abraços pra ti

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  9. teu texto fala sobre o aquilo que o Lenine também fala em sua canção. Há momentos em que tudo pede um pouco mais de calma e o corpo pede um pouco mais de alma.

    Obrigado por esta reflexão.

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  10. OLÁ,
    TOMEI A LIBERDADE DE SELECIONAR-TE.
    AGUARDO UMA RESPOSTA...
    http://hbrayan.blogspot.com/p/novidades.html

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  11. Segunda parte de dias cinzentos disponível Arthur, em breve a próxima, bjo.

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  12. Oi amigo,
    tem um selo no meu blog pra vc, depois passa lá pra conferir, http://meus-olhos16.blogspot.com/2010/12/o-que-tem-pra-hoje.html

    Bju

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  13. Oi moço, viim incomodar + um poukiinho.
    Tenho um desafio pra ti no meu blog.
    Passa lá
    http://meus-olhos16.blogspot.com/2010/12/desafio.html
    Bjus.

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