sábado, 30 de janeiro de 2010

Sexo e Política

Se você não sabe fica sabendo:

Coito Interrompido – Prática comum no congresso. Chama-se bloqueio ou DVS. Impedir o gozo do outro, impedir que qualquer mudança se fertilize. Visto pelo povo, provoca angústia de castração e depressão sexual.
Vamos falar de Sexo de governo a governo:

Tancredo Neves: “coito interrompido” brabo. Brasil fica sem gozar.

Sarney: Casa com a “pátria viúva”. A pátria-dona-Flor queria o primeiro, mas acabou com o segundo, ruim de cama.

Collor: Símbolo fálico bonapartista. Era tão macho (comera atrizes e cantara cunhadas). Os machos nacionais tinham uma quedinha gay por ele quando diziam: “corrupto sim, mas, que ele é macho. É ...”

Itamar: Amor solitário e romântico. Caiu nas garras da Lilian Ramos (sem calcinha). Xotinha voadora quase acaba com o governo. Itamar desprezava as namoradas carentes seu verdadeiro amor sempre foi FHC, que o abandonara numa dor-de-corno cheia de lágrimas e vinganças.

FHC: Adepto do “donjuanismo masoquista” (seduz tanto virgens quanto meretrizes). “O donjuanismo masoquista” seduz, mas nao come as presas. Aliadas que, acabam traindo-o sadicamente.
Lula: Acostumado a vida dura, mas sempre correndo atrás, cansou de ficar sendo alvo de piadas. Era um “Rubinho Barrichelo” ficava na frente e quanto todos pensava que ia ser vez dele hahahahahah. Então resolveu se vender. Fez acordos que nem Deus sabe quais. Protituição a preço de ouro de tolo. E tolos são os brasileiros.

Agora vivemos na era do troca-troca

Troca-troca, ou “meia” como dizem os cariocas – O jogo político ressuscita essa prática pederasta de fundo de quintal. No calor dos conchavos, nos bafos secretos dos cantos do Congresso, ouvimos seu lema: “É dando que se recebe.” Geralmente o governo dá primeiro e depois o comedor foge, correndo e gritando: Otário, otário...”

Pátria Amada: A mãe sagrada, idolatrada, salve, salve na cabeça dos brasileiros. Complexo de Édipo mal resolvido. A “mãe pátria” é vista como nossas florestas virgens, cachoeiras eróticas, índias nuas ameaçadas pelo estrupo do inimigo estrangeiro. Só o Estado-pai, de bigode feroz, pode ameá-la. Se deixarmos, o neoliberalismo estuprador invade o corpo puro da pátria amada. É um risco!

Pátria amante: A cada privatização, o nacionalismo-de-porta-de-leilão imaginava a mãe pátria cada vez mais sem vergonha, de ligas negras e lingerie verde-e-amarela, dançando a dança da garrafa com os gringos e os aplausos de FHC.

Prostíbulo e virgindade: Essa dualidade pureza-prostituição percorre a vida partidária. Ou você está na orgia das alianças ou na virgindade que o PT defendeu por décadas. E nem o próprio PT resistiu. Até tu Brutus? Até tu? A prostituição agora é geral todo mundo gosta de uma orgia festa das grandes e ainda por cima paga com dinheiro honesto de trabalhador. Afinal político trabalha e muito.

Masturbação: nehenhenhém praticado com a mão direita e com a mão esquerda. Os políticos ficam na bronha ideológica, imaginando grandess cópulas que nunca chegam, pois preferem a solidão do pecado ao mundo real... vai gostar de pecar assim no inferno!

Voyeurismo: Vício popular que surgiu na democracia. Único consolo para os impotentes como nós: ficar vendo as sacanagens alheias, agora em cores e som, com o advento dos gravadores e DVd’s. Esse é nosso voyeurismo underground e alternativo.

Voyeurismo Chic:
TV Senado, onde podemos assistir as acirradas discussões daqueles que se dizem ao lado da “mãe-pátria” e do povo, mas fazem isso entre coices e beijos de amor. Coices diantes das cêmeras da TV e beijos nos fundos do congresso. Se vc quiser pode chorar ou rir.

Dança da garrafa na beira do abismo – “vai abaixadinho vai, curva a cabecinha vai, ajoelha direitinho vai, aguenta a trutazinha, vai!” Esse é nosso atual hino-pagode, que descreve as posições passivas do povo diante dos donos do poder.

Ejaculação precoce-urgência do executivo – Logo frustrada pela lentidão dos “empata-fodas” de direita e de esquerda.

“Passaralhos” ou peruzinhos voadores perigosos pênis imperialistas que rondam nosso mercado financeiro. Qualquer subida de juros no buraco negro da miséria, pode significar derrota a vista.

É tempo de eleição: Vem aí a dança erótica mais excitante do mundo. O povo prefere assistir aos desfiles de carnaval. Tem mais mulatas gostosas e elas rebolam e não mentem. Além de serem gostosas, não fazem falsas promessas. Quem quer ver político sacana? É melhor ver mulatas, muitas mulastas.

Mas nessa eleição vai ter um Ménage à trois – e ninguém deveria perder. Perder? Que se foda. E a pátria amada? Deixa assim óh: PT- PMDB e PSB Esse ménage vai dar o que falar!

Assiste e goza! Mas relaxa bem antes, é dose!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Encanto


Encanto
É magia
Segredo suave
Não revelado.
Encanto é sonho
Sonhado a dois
Desejado
Com a alma.

Encanto é como sonho de criança
É puro e inocente, verdadeiro
É intenso, mas é suave.
Encanto é sono leve e contínuo
Encanto é entrega e certeza
Quando a gente quer.

Encanto só não pode ser ausência e se for instável
Machuca mais ainda. Quero presença!
Onde você está?
Eu olhei você nos olhos
Vi quase nada...
Mas nem precisa.
Imagino um coração
Maior que o meu
Palavras, palavras...
Suspiros, meias palavras
Palavras inteiras pra quê?
Quando a gente quer não precisa palavra alguma
Só o olhar diz.
O que me diz?
Eu quero apenas contemplar nos teus olhos
O céu, o paraíso.
Teus olhos tem cor de amor
Que encantam meu olhar.
Mas se você não gosta de amar, nem quer brincar de amor
Me contento com brincadeiras que beiram a loucura
Mas quem sabe em nossas brincadeiras a gente encontra
Outra forma de não se perder.
Deixa pra lá, perdi as palavras.
Prefiro pensar em você agora.
Vem pra cá!
Arthur Alter Lima

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pra Você

Não me venha com essa de que não pode.
Não pode é deixar a vida passar.
Não me venha com essa de que não é interessante.
Não é interessante você e eu não satisfazer nossas vontades.
Quer saber de uma coisa? Posso te falar até duas.
Vem cá! Senta aqui:
Me olha bem nos olhos e diga o que você vê.
Deixa eu olhar bem dentro de você.
Então, se você vê distância, eu vejo proximidade.
Se você vê diferença, eu vejo diversidade.
Se você vê incompatibilidade, eu vejo possibilidade.
Se você vê o impossível, eu vejo apenas o possível.
Se você tem medo, eu tenho coragem.
Se você se vê inseguro, eu te dou segurança.
Meus olhos são espelhos,
Minhas mãos são suaves,
Meus braços são fortes,
Meu coração é guerreiro, não desiste nunca.
Eu, eu posso te encantar com uma palavra apenas.
Quer saber qual?
Eu te falo, vem cá, chega mais perto, chega mais perto, mais, mais ...
Guarda como segredo!

Enquanto isso, saiba que meus lábios tem sabor de mel puro, que adocica até a alma.
Meu corpo é suave veneno, droga que não mata, entorpece, vicia, enlouquece.
Experimenta!
Olha pra mim. Só pra mim!
Não precisa ter medo, nem precisa mudar o rumo.
Me diga apenas vou tentar! Me basta.
Me diga o que queres, eu te trago.
Me diga que posso esperar. Eu espero.
Não corro, nem fujo.
Não vou gritar seu nome, nem exigir um declaração de amor num outdoor.
Basta você declarar em meu coração.
Se vier um sonoro NÃO, não choro, nem me desmancho...
Se for um suave SIM, ótimo. Sim não quer dizer nada. Todo sim tem um não dentro.
SIM quer dizer apenas to aqui! Mesmo que na realidade você esteja longe.
Mas de uma coisa eu tenho certeza. E dessa você não pode escapar. Você já esta preso. Bem preso dentro de meu coração. Mas eu sou bom, bem bonzinho. Te deixo livre.
Você vai ter coragem de fugir?

Arthur Alter Lima













sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Fim de Semana

Meu último fim de semana em Uberlância foi pra lá de “sul-real” se posso assim dizer. Na sexta feira meu apartamento estava uma desorganização só, caixas espalhadas pra todo lado, tudo fora do lugar, eu estava prestes e me mudar. Por volta das três da tarde um calor insuportável, eu dei vontade de fazer um lanche, mas com aquele calor, minha preguiça era maior ainda. Resolvi ligar pro lanchão e pedir que me entregassem um hamburguer com filé de frango. Me prometeram a entrega em 30 minutos. A moça que havia lavado minha roupa na quinta feira já estava passando a roupa e colocando na mala pra mim. Eu continuei minha conversa com um amigo internauta e blogueiro via msn.
Passado pouco mais de trinta minutos a campainha toca, antes eu pensei em pedir pra Ana anteder pra mim, mas me lembrei que eu tinha que pagar, pedi um tempo ao amigo no msn e fui atender a porta. Quando eu abro a porta me deparo com um moto-boy de uns 23 ou 25 anos muito gato, perdi até o rumo ao olhar pra ele. Pedi que aguardasse que eu iria pegar o dinheiro e que não reparasse a desordem que eu estava me mudando. Ele perguntou: mudando pra cá ou saindo daqui? E eu disse indo embora daqui. E fui pegar o dinheiro. Paguei-o olhando-o firme nos olhos. E ele me perguntou você não vai querer um outro lanche mais tarde, por certo não ter janta vai? E eu disse: não, não vai mesmo. Talvez eu saia pra jantar fora. Ou peço outro lanche. Mas com uma condição. Só se for você vier trazer. E ele me responde: Hummm eu até gostaria, mas trabalho até as dez da noite.
E o que tem isso eu retruquei. Vai me trazer o lanche ou não?
Bom se você for esperar eu trago. Combinado então, eu disse.
Caraca, eu não podia acreditar. Voltei ao msn e conto as novidades ao amigo. Fiquei todo empolgado. Conversando e comendo. Já imaginado altos lances.
A Ana chega pra mim e diz: tá tudo terminado, suas roupas estão em ordem e já embaladas. Apenas dois pares pendurados no cabide atrás da porta como você pediu.
Ana? Por favor, você se importaria de dar uma ajeitada na cozinha e no banheiro pra mim? É que faz uma semana que isso tá um sujeira só.
Claro, ela me respondeu....
Pouco mais de dez da noite eu já impaciente e pensando que o moto-boy que eu nem havia perguntado o nome viria, toca a campainha. Era ele mesmo e dessa vez ele havia caprichado e estava ainda mais bonito e já com um sorriso faceiro me pergunta: é aqui que pediram um lanche?
Eu não perdi a chance. Sim. Mas pedi um lanche acompanhado. Huhauahuahuahuau ele voou feio kkkkk e perguntou acompanhado? Acompanhado de quê?
E sorrindo meio que maliciosamente eu disse: acompanhado de um gato moto-boy oras?
Ele riu e entrou.
O lanche foi deixado de lado a gente tinha coisas mais interessantes pra fazer. Acho que depois de umas duas horas é que eu senti fome e ele também. Dividimos o lanche, tomamos um banho e ficamos conversando por um longo tempo. Parecia que havia uma química antiga entre nós era como se a gente já se conhece tamanha a afinidade entre nós. Trocamos carinhos, nos beijamos ele me falou dele, de seu medo e insegurança ao se relacionar com homens e que fora mais por medo e também por ver que eu estava saindo fora que ele havia aceito voltar. E eu disse medo de que? Medo de deixar a chance de conhecer uma pessoa legal como você passar por minha vida sem deixar uma lembrança legal e gostosa. É uma pena que você está indo embora. Eu gostei de te conhecer.
E eu disse: eu também. Sabe, faz dois anos praticamente, que estou sozinho e agora na hora de eu ir embora me aparece você. E engraçado eu sempre faço lanche lá no lanchão ou peço que me tragam aqui. Como você nunca apareceu?
É, eu comecei semana passada. E dormimos, ele dormiu coladinho em mim, respirando suavemente, e eu contemplei aquele semblante lindo, beijei-lhe suavemente no rosto e dormi em seguida. Acordamos as nove no outro dia e ele já assustado, mas logo se acalmou com o carinho que eu lhe fiz. Caraca, dormi demais. Não, claro que não, eu disse. E namoramos mais um pouco era por volta de onze da manhã quando ele se foi. Me dizendo que se eu quisesse ele voltaria a noite novamente, com outro lanche. Eu sorri e disse. deixa o lanche pra lá, mas você eu quero de volta. Ele voltou, nós saímos, nos divertimos muito e voltamos juntos pra casa. No domingo era mais de uma da tarde quando acordamos. Mais tarde quando ele foi embora e sabia que já não me veria de novo, se despediu dizendo: me leva com você, me leva? Eu dei-lhe um beijo demorado e disse: ah se eu pudesse, ah se eu pudesse.

Something are meant to happen only once in a lifetime. And there’s nothing we can do about it. (Algumas coisas acontecem apenas uma vez em toda a vida, e não há nada que possamos fazer em relação a isso). Arthur Alter Lima.

Ps. Amigos estou de volta. Muita coisa pra colocar em ordem ainda. Depois conto novidades daqui de floripa. Abraço a todos e em breve comento nos blog s de todos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Parar na hora certa é também continuar


As vezes a gente insiste em uma relação que já não tem mais nenhum sinal de vida. As vezes a gente insiste em manter uma relação quando nosso parceiro(a) já não quer mais. Entender que uma relação, não depende só de um é um grande feito. É sinal de maturidade e respeito à vontade e felicidade do outro.
Amor egoísta é esse que insiste em manter uma relação já falida. É imaturidade tentar lutar por algo que as vezes precisa de tempo, de parada, de distanciamento. É assim que vejo a vida a dois. Muitas vezes a gente não sai do lugar e acha que está andando a passos largos, muitas vezes esses passos acabam sendo em direção ao buraco, em direção a um sofrimento maior.
O que quero dizer com: parar na hora certa é também continuar? Estou querendo dizer que quando aceitamos o fim de um relacionamento com maturidade e equilíbrio e tratamos isso com bom senso, daí sim estamos prontos para continuar nossa jornada na vida. Entender a dinâmica da vida é fundamental no processo de nossa felicidade.
Devemos abrir mão de uma relação logo nos primeiros sinais de que algo não vai bem? Não, claro que não. Para isso existe o diálogo, perdão, reconciliação. Mas entender o momento exato de parada é a melhor que coisa que se pode fazer, as vezes até mesmo para salvar essa relação.
Há situações em que os dois insistem tanto. Um em terminar e ou outro em manter a relação, mesmo que seja a “trancos e barrancos”, que isso gera cansaço, estress e na maioria das vezes mágoas que não se curam nunca.
Ao aceitar o fim de um relacionamento, não vamos esquecer e arrancar de nós tudo de bom que vivemos nessa relação, ao mesmo tempo as dores e as decepções não podem nos atormentar. Tudo deve ser lembrado como um momento de aprendizado e crescimento. Esse é o maior desafio. Já ouvi de muitos expressões tipo: Dois anos perdidos de minha vida ao lado de fulando... ou como fui cego(a), como fui idiota... e eu fico pensando: como você esta sendo imaturo(a). Em todo esse tempo houve amadurecimento, crescimento como pessoa, fora os momentos de felicidade que não podem nem ser mensurados. Não há tempo perdido numa relação. Reconhecer isso nos possibilita ter uma relação mais saudável mais a frente.

Certo é que, a pessoa que mais reclama de uma relação anterior, que mais mágoa carrega consigo, é a mais susceptível a ter uma relação com os mesmos defeitos daquela anterior. E como não se aprendeu antes, vai ser a mesma experiência de cobranças, insistências e exigências. Uma relação que não respeita o direito de liberdade e individualidade do parceiro(a) é uma relação fadada ao fracasso, é só uma questão de tempo. Todo mundo gosta de liberdade. E quando se percebe que a relação aprisiona ao vez de nos tornar livres, é então que buscamos liberdade. Liberdade de ser pessoa e pra ser feliz.
Parar na hora certa é também continuar. Continuar a acreditar no amor, mesmo que seja outro amor. Continuar a viver feliz, mesmo que seja ao lado de outra pessoa ou por um tempo sozinho(a). Continuar a sorrir, mesmo que seja pra outra pessoa. Parar na hora certa é também continuar. É abrir os olhos e entender que as vezes a gente está numa relação que não saí do lugar, então é hora de partir pra outra e ser feliz de novo. É sempre possível. Amores passados que nos impedem de ser felizes novamente nunca foram amor é enfermidade cancerígena, que leva a morte.
E eu hoje posso dizer de coração aberto, eu estou bem vivo. Pronto pra amar de novo. De bem com a vida. De minha primeira relação sobrou o mais importante amizade, respeito e carinho. A gente se encara sem mágoas, sem ressentimentos. Sem lembranças? Nunca.

Ps. Amigos. Estou me mudando na Segunda. Não sei quanto tempo vou ficar sem internete. Mas tão logo eu volte ao mundo dos conectados estarei aqui partilhando com vocês um pouco de minha vida em contos e crônicas.
Agradeço de coração ao carinho e amizade de todos.
Arthur Alter

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Devaneios

O MUNDO FICA PEQUENO QUANDO A GENTE A AMA
É verdade. Quem tem um grande amor sabe que não existe distância nem empecilhos ou obstáculos que nos impeça de correr atrás desse amor. Não há interditos e nem fronteiras. O mais belo do amor é essa sua amplitude. É essa sua força que dói, é a sua natureza essencialmente transcendente.
O amor não conhece regras e nem limites, nós sim em nossas invenções mirabolantes inventamos limites para o amor, como se o amor fosse uma coisa. Talvez seja por isso que sejamos infelizes em nossas experiências amorosas. O amor não cabe em definições seja de dicionários ou livros de auto ajuda ou romances. O amor é por si só, sua própria definição impessoal, metasubjetiva e acima de tudo atemporal.
Quando o telefone, o fax e a internete diminuiram distâncias reais nos apresentando apenas as distâncias virtuais o amor já havia feito isso. A diferença na compreensão dessas dimensões estava apenas experiência. Uma é prática e a outra é emocional. Uma é necessária a outra é universal.
A distância virtual é na prática a realidade mantida em seu lugar. Enquanto que a distância sentida por um coração enamorado, totalmente sucumbido a força do amor, é a distância real experimentada e aproximada racionalmente.
O mundo dos enamorados e apaixonados é estranho a eles mesmos. É incompreensível. Para o apaixonado não há proximidade suficiente, quanto mais próximo mais queremos sentir essa proximidade, é necessário tocar, sentir experimentar, fundir num só. As mais belas canções e poemas de amor falam dessa necessidade de se perder um no outro, para que se possa sentir a extensão do amor. Por outro lado, esse mesmo sentimento, ferido ou mal entendido nos distância. As vezes podemos sentir a respiração de nosso amado(a), mas o congelamento dos sentimentos nos coloca cada vez mais distantes. Isso porque o congelamento é mudança de estado e não de essência. Continua sendo amor, mas em estado diferente. Só mesmo o amor para ser tão perverso, tão intenso, tão definitivo acerca de si mesmo, tão avesso a si próprio.
Quando amamos a gente viaja 12 horas imaginando o encontro, o abraço, o beijo o cheiro. 12 horas é como se fosse 12 minutos e na medida que o ônibus ou o carro ou avião vai se aproximando e na realidade nos aproximando de nosso tão esperado momento, na prática nosso coração e sentidos já estão lá. Não há droga nenhuma no mundo que faz a gente viver essa sensação de despreendimento sem na prática se desprender. Só mesmo o amor, porque ele é o real e o imaginário, o perfeito e o imperfeito, o eterno e o efêmero, o sagrado e o profano. Só mesmo o amor consegue transitar dentro de si mesmo sem se perder entre as distâncias reais ou imaginárias.
Só mesmo o amor pode ser definido de tantas formas e não se adequar a nenhuma dessas definições. É, o amor no mundo todo, o único sentimento que não satisfaz as pessoas e continua sendo o mais desejado, o mais buscado. Por mais que nossos relacionamentos amorosos estejam bem, mais buscamos no outro o complemento para nossas necessidades emocionais. Isso quer dizer que o amor nunca é suficiente, nunca basta. É estranho. O amor não é contentamento é angústia. Não é desejo nem posse é incerteza e medo. Mas nesses paradoxos todos, ele não perde sua essência, daí a sua transcendência.
Enfim, eu queria escrever sobre uma experiência pessoal, mas acabei sendo racional demais. Eu queria dizer que fazemos o impossível quando amamos, que gritamos, pagamos mico, viajamos onde quer que seja... e tem que ser assim. Eu fiz isso por um amor e em meu coração continua sendo amor. E eu faria tudo de novo. Não desistir do amor é a única possibilidade de se entender como pessoa no mundo. Acredito que podemos desistir de tudo. Do emprego, da promoção, da faculdade, de uma viagem. Mas não vida, não do amor.
A vida é um mar de possibilidades e a coragem de enfrentar o mar é uma questão de escolha, depende só de você, ou de mim.

Arthur Alter, filósofo, psicopedagogo e mestrando em história da filosofia.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Saga de Augusto - Final

... Era nove e quinze da manhã quando Marlos tocou o interfone e eu disse que ele poderia subir. Mamãe abriu a porta pra ele. Ele ficou meio sem graça logo que viu minha mãe, mas a simpatia dela o deixou bem a vontade, eu ainda tomava o café da manhã quando ele chegou. Ele sentou-se na mesa mas não quis nada. Me olhava timidamente, mas seus olhos tinham um brilho diferente.
Quando terminei o café eu o convidei para ir até o meu quarto comigo. Chegando lá ele logo notou a diferença entre o meu universo e o dele. No meu quarto tinha uma estante repleta de livros, cd’s e dvd’s. No quarto dele havia dois skates, tv, video game... Sai e fui ao banheiro escovar os dentes e quando volto ele está sentado em minha cama, e nas mãos ele tinha o livro que eu estava lendo na ocasião ( O nome da Rosa, de Umberto Eco) e me pergunta você é louco de ler um livro tão grosso como esse? Eu ri e disse: sim, há loucos pra tudo nesse mundo. Ele então se levantou veio em minha direção e disse:
__ Eu já sou louco por você.
E quanto mais próximo ele chegava mais eu estremecia. Mas me afastei, com um sorriso maroto. E ele logo perguntou o que foi?
___ Não foi nada, apenas me deu um medo. Acho melhor a gente ir.
___ Não, ele disse. Não antes de você me dar um beijo como aquele de ontem.
E eu tentava me esquivar, mas ele permanecia na investida.
___ Pera aí, eu te disse que pra me beijar de novo você teria que pedir pra namorar certo?
Ele me olhou e disse: eu peço, eu faço qualquer coisa.
Então tá legal, começa vai. Ele me pegou na mão puxou-me até a cama e sentou-se puxando-me pra sentar-se ao seu lado. E com minhas mão em sua mão me disse:
Gú, eu estou apaixonado por você. Desde a primeira vez em que eu te vi, eu senti algo diferente, foi como se naquele momento eu tivesse sido mortalmente flechado pelo cupido do amor ( hahahah tá certo tem um pouquinho de exagero nisso) não foi assim tão lindo, mas ele tentou.
Eu tomei minha mão e olhei-o firme e disse tá muito cedo. Acabei de chegar na cidade. Estou com medo. Embora eu tenha sonhado com você durante toda a noite.
Foi então que efusivamente ele me beijou, sem que eu pudesse reagir. Foi intenso e gostoso. Mas eu disse que pensaria e lhe daria uma resposta a noite.
E logo saímos pra patinar, ao chegarmos lá, foi super legal. Eu devo ter caído umas trocentas vezes e ele como era skatista tinha habilidade suficiente pra nós dois. E ele tirou vantagem disso, pois toda hora estava grudado em mim. O bom disso foi que tivemos uma manhã super divertida e eu aprendi a patinar no gelo. Gostei tanto que voltamos lá várias vezes.
Depois que nos divertimos muito voltamos pra casa. Ele ficou na casa dele e eu segui pra minha casa. Mas havíamos combinado de que ele viria a minha casa a noite. E foi exatamente o que a conteceu. As oito ele chegou.

Ficamos um pouco na sala e depois fomos para meu quarto. E o interessante, meus pais resolveram sair e ficamos a sós.
No meu quarto, ele tira um papel do bolso e disse que gostaria de ler algo pra mim. Eu disse tudo bem.
E ele fez-me uma linda declaração de amor. Hoje não estamos mais juntos. Mas esse mesmo papel, continua guardado comigo. Porque foi verdadeiro e bonito e enquanto nosso amor durou, tudo foi bonito e de verdade.
Ele então começou a ler:
“Gú, eu não sei ao certo se o que sinto já posso chamar de amor. Mas sei que quero muito ficar ao seu lado. Não vou dizer que sou o cara perfeito e não me importo com seus defeitos. Eu ainda sou muleque e você também, nosso jeito de ser amigos e curtir vida é que vai nos ensinar... quero te dizer que gosto muito de tudo em você. Me dá uma chance?”

Eu achei isso lindo. E claro que eu dei todas as chances que ele quis. Nosso Relacionamento durou 3 anos. Eu mudei meus planos por ele, ele mudou alguns dos dele por mim. Até que um dia, não soubemos ao certo quem devia mudar o quê e quando. E por falta de maturidade deixamos um amor bonito se perder no tempo.


Hoje Marlos mora há 4 anos em New Jersey (EUA). Cada um de nós segue por seu próprio caminho, em direções contrárias...
Quando ele decidiu ir pra lá eu não podia ir. Talvez se ele tivesse esperado um ano, um ano apenas. Ele não esperou. Disse-me que me esperaria lá. E na verdade um ano depois eu fui. E fui decidido a ficar. Mas eu encontrei um Marlos diferente. Nosso encontro não foi o que eu esperava. Dois meses depois eu decidi voltar ao Brasil, não daria certo. Ele nem insistiu pra eu ficar, pra gente tentar. Eu fui vê-lo três vezes depois disso na tentativa de que pudesse dar certo, mas não deu. Só restou respeito e amizade.
Eu na verdade ainda o amo, amo muito e ele sabe. Restou entre nós muito carinho e amizade. Nos falamos sempre. Ele está feliz e namorando de novo. Eu estou feliz, posso dizer que sim. Depois dele nunca mais tive um namoro sério e que valesse a pena.... é, a vida é assim.... mas eu acredito no amor. Um dia eu sei que eu ei de encontrar um novo amor que valha a pena enquanto durar.... alguém se candidata? Kkkkkkkkkkkk

Arthur Alter

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Lorenzo e Victor - Final


... E pensando dormi. O cansaço da viagem e aquelas horas andando me deixaram exausto. Eu devo ter ficado apagado por umas três horas. Acordei por volta das seis da tarde. Liguei a tv e deixei o tempo passar jogado ali na cama, meio acordado e meio sonolento. As oito resolvi tomar um banho e me prepar para a noite. Quando saí de casa já era quase nove da noite. Caminhei em direção do local onde havíamos combinado.
Quando cheguei perto da lanchonete Lorenzo estava chegando também. E eu nem pude acreditar quando o vi. Ele estava muito lindo. Eu realmente fiquei boquiaberto.
__ Lorenzo! Você ta muito bem na fita, arrazou geral ein? Caraca! E ele disse:
__ Faço o que posso né! Vamos indo?
Andamos um pouco e chegamos num barzinho que ainda estava meio desanimado. Mas segundo Lorenzo mais tarde iria ser o point geral da galera. Damos mais umas voltas e chegamos num outro bar já mais animado e já estava tocando música ao vivo. Falei vamos sentar um pouco? Ao que Lorenzo concordou.
Pedi uma cerveja e passamos um bom tempo conversando entre conversa fiada e histórias da cidade. Depois de mais uma cerveja fui convidado a outro lugar e depois retornamos ao primeiro bar e de fato alí estava uma galera super animada. Música dentro e fora do bar e muita gente linda junta. Eu logo notei que olhares se direcionavam a nós dois. A princípio eu fiquei meio constrangido. E pensava ou Lorenzo é conhecido ou é porque estão nos vendo como novos no pedaço ou ainda a beleza européia de Lorenzo é notável.
Tomamos mais duas cervejas e já se aproximava de uma hora da manhã. E eu disse a Lorenzo que já queria ir pro hotel. Que no outro dia eu queria sair cedo. Ele me disse:
__ Cara mais a noite tá só começando!
E eu disse é verdade! Mas vamos combinar uma coisa? Hoje eu descanso mais cedo. Amanhã eu prometo ficar na rua até o dia amanhecer pode ser? Ele sorriu e disse tudo bem. E ainda perguntei?
___ Me acompanha até o hotel?
___ Claro, ele disse.
Chegamos ao hotel e eu disse? Não quer subir um pouco? Podemos conversar ainda mais um pouco se você quiser. E sem cerimônias ele subiu comigo. Ao entrar no quarto um breve silêncio deixou claro um certo constrangimento. Tem cerveja no frigobar, aceita mais uma? Eu perguntei e liguei a tv.
Lorenzo disse que não e que não ia demorar. Eu sentei na cama e ele sentou-se ao meu lado e eu comecei a olhar firme em sua direção. Meu corpo o desejava e eu via em seus olhos o quanto ele queria que eu o tocasse. Mas eu fiquei parado.

Do nada ele me pega firme e me beija com volúpia. Eu me rendi. Me joguei em seus braços e ele me enchia de carinhos.
Aos poucos ele me tirou a camisa e foi sentido o sabor de meu corpo, sua língua quente percorria meu torax, sua respiração ofegante me levava ao extase. Sempre que ele me beijava era como se eu estivesse sendo beijado por um deus-do-amor. Era intenso, forte. Eu também tirei-lhe a camisa e fiquei extasiado com aquele corpo seminu diante de mim. Torax bem definido, uma escultura, uma obra de arte em tempos modernos. Minhas mãos deslizavam naquele corpo que tremia com meus toques.
Totalmente inebriado de prazer, ele abre meu zipper, tira meu jeans suavemente e me olhando com olhos incandescentes se joga em cima de mim me beijando com vigor e aos poucos começa passear com sua língua em meu corpo e ao chegar em meu umbigo me leva a loucura. E foi experimentando-me e deixando-me cada vez mais entregue aos seus desejos. Assim, eu o despi totalmente e ele fez o mesmo comigo, eu contemplava aquele corpo diante de mim, minhas mãos tocavam-lhe e de seus olhos parecia brotar chamas de fogo. Entre abraços, beijos e gemidos ele me experimentava por inteiro e logo deitou-se ao meu lado entregue as minhas vontades. Eu me deliciei naquele corpo, até quase levá-lo ao extase total. E sussurando ao meu ouvido ele pediu para possuí-lo totalmente e quando eu fui me encaixando em seu corpo me ajeitando por entre suas pernas ele suspirava baixinho acariciando-me, beijando-me e dizendo-me palavras excitantes. Eu fui me entregando e possuindo-o com carinho. Ternura e movimentos leves se alternavam. À medida que ele foi me excitando eu fui apressando os movimentos e impelindo mais força o que o deixava cada vez mais entregue. Aqueles movimentos que alternavam entre a força e a leveza, a firmeza e a brandura atingiu seu prazer máximo num beijo que jamais eu pude sentir igual, Lorenzo era perfeito em seus beijos, em sua pegada. Cansado, ainda fiquei sobre seu corpo suado por alguns minutos, tantos talvez que eu quase cochilei. Suavemente ele ajeitou-me pro lado e beijando-me suavemente se masturbava. Eu novamente comecei a beijá-lo a morder seu pescoço suavemente pra não deixar marcas. Tomei-lhe a mão e comecei a masturbá-lo carinhosamente até que gemendo e suspirando forte ele me beijou e gozou abundamente grudado em mim.


Tomamos um banho recheado de beijos. Era mais de três horas da manhã e eu o convidei pra ficar e ele aceitou. Acordamos tarde e nos amamos intensamente antes de sairmos novamente. Naquele sábado a noite, nossa diversão mais uma vez terminou em meu quarto de hotel. E a despedida no domingo de manhã foi intensa e com muito amor. Lorenzo na verdade se apaixonou, suas lágrimas ante a minha saída, me revelaram o rapaz amável e doce que se escondia por detrás daquele corpo másculo. Logo que descemos nos abraçamos, Lorenzo fechou os olhos pra esconder as lágrimas ante a minha saída. Vinte dias depois Lorenzo veio para BH e eu o acolhi em meu apartamento. Mas essa é outra parte da história.

Arthur Alter

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Coisas de Minas Gerais e amor



Minas Gerais é uma cidade encantadora. Tem um povo acolhedor e gentil. Sua Capital Belo Horizonte impressiona por sua beleza que mistura o histórico e o moderno sem nenhum constrangimento. Os bares de BH são especiais. Não é a atoa que a revista New York Times considerou BH a capital mundial dos bares.
Mas é no interior de Minas que está todo seu encanto e magia. As cidades do interior, muitas delas hitóricas, são cercadas por montanhas que nos fascinam. O homem do campo em cada região tem traços específicos de sua origem. Espalhados pelos quatro cantos de Minas encontramos descendentes de italianos, alemães e portugueses em especial.
As cidades históricas de Minas Gerais são destaque, ninguém pode dizer que conhece Minas se não visitar suas cidades históricas como Ouro Preto, São João Del Rei e Tiradentes entre tantas outras. E se não conhecer bem a Capital então mais vazio ainda fica o passeio. Minas é mesmo cheia de encantos, se os bares da capital são conhecidos mundialmente, pode-se dizer o mesmo de sua beleza. Belo Horizonte é também conhecida por ter muita gente bonita e bonita mesmo. De nos deixar de queixo caído. Nas noites de fins de semana nossos olhos são constantemente premiados com belezas raras masculinas e femininas.
Igreja S. Francisco de Assis - Praça Frei Orlando S. João

Afinal você ja deve estar perguntando onde quero chegar com essa história sobre Minas. Eu sou estudante, história me fascina. A arte em todas as suas manifestações me encanta. Estudar em BH foi a melhor coisa que me aconteceu na vida.
Há dois anos atrás eu resolvera fazer uma viagem a São João Del Rei, eu precisava conhecer aquela Cidade e também visitar Tiradentes, cidade cenário para a minissérie Ilda Furação. Me organizei e parti em viagem numa sexta feira de manhã. Logo depois de três horas de viagem estava eu chegando em São João, confesso que logo na chegada, não fiquei impressionado. É que toda a beleza da cidade está em seu centro histórico. Com minha câmera e máquina fotográfica eu comecei a registrar tudo que enchia os meus olhos. Eu estava visitando a Igreja São Francisco na praça Frei Orlando, olhando suas imagens e contemplando uma beleza que palavras não conseguem descrever. E o altar mor me chamava a atenção em especial. Registrando tudo, eis que minha câmera passa por um rapaz bonito que olhava atentamente o altar. Voltei a câmera, aproximei o zoom e, discretamente eu eu fazia uma filmagem comum. Mas meus olhos agora se deparavam com uma obra de arte real e mais bela que todas. Desliguei a câmera me aproximei e logo puxei conversa.
___ É muita beleza, não é? Tudo isso evoca o sagrado de forma muito mais intensa e real você não acha?
___ Sim, claro. Ele respondeu.
Em seguida me perguntou:
___ Você está com algum grupo de excursão?
___ Não, estou sozinho. É uma pena eu estar sozinho. Com um guia a viagem fica mais interessante e a gente consegue compreender melhor o que estamos vendo. Eu cheguei hoje e como vou ficar até domingo, não posso pagar um guia por tanto tempo, mas ao menos a manhã eu pretendo encontrar algum ou ao menos infriltrar-me num grupo de turistas, eu disse.
___ Não seja por isso. Eu posso ser o seu guia. Moro aqui há 8 anos já conheço bem a cidade e um pouco da história.
___ Sério? Eu perguntei. Mas quanto você vai me cobrar? Sou estudante e não tenho muito dinheiro. E eu quero ir a Tiradentes também, pois fica logo aqui do lado.
___ Claro que sim. Mas não se preocupe. Não será mais do que o que você não possa pagar.
___ Sendo assim, ele começou a me acompanhar e a apresentar a cidade e sua história.
Eu logo tive que interrompê-lo pra perguntar-lhe o nome.
___ Lorenzo, ele disse sorrindo e logo perguntou o meu.
___ Victor, eu disse. Lorenzo tinha 22 anos, olhos que misturava um verde ao castanho, que combinava perfeitamente com seus cabelos castanhos e bem cortados. No rosto sinal de pouca barba. 1,80 de altura com 70 quilos bem distribuídos. Enquanto ele me falava da cidade e sua história eu checava sua anotomia.
Depois de um pouco mais de duas horas andando e ouvindo-o eu disse a ele que estava cansado, com fome e sede e que queria retornar ao hotel. Antes porém paramos em uma lanchonete onde fizemos um lanche e claro eu paguei o dele. E então o perguntei: Lorenzo o que você faz da vida? Estuda? Trabalha?
___ Eu estou fazendo cursinho pré-vestibular. Sou meio lento ainda não consegui passar no vestibular. Já tentei duas vezes e ainda não consegui. Trabalho com meu pai. Temos um pequeno sítio aqui. Nos fins de semana eu venho pro centro e sempre arrumo uma graninha extra como guia turístico, disse rindo. Mas eu gosto do trabalho com meu pai.
E era bem fácil notar isso. Sua pele era bem bronzeada. Os braços fortes mostravam claramente que ele trabalhava duro.
Ao terminarmos o lanche eu disse, bom quanto te pago por hoje? E ele respondeu:
__ Deixa pra me pagar no último dia. Eu prefiro.
__ Eu disse: tudo bem. Mas não é melhor combinarmos um valor já de vez?
__ Não, não precisa. Não se preocupe eu não vou cobrar tanto assim de você. Sei como é vida de estudante. E olha hoje a noite em São João é animada, se quiser sair posso te levar em alguns bares ou numa boate super legal.
___ Eu disse: claro, porque não? Podemos nos encontrar as nove então?
___ Sim claro. Ele respondeu.
Então eu disse: Lorenzo obrigado por hoje e estendi a mão para agradecê-lo. Ao tocar em sua mão, senti como eram grossas. Sua pegada era firme. O trabalho no sítio realmente devia tê-lo talhado bem. Assim voltei ao hotel, tomei um banho e cai na cama. E meus pensamentos logo viajaram de encontro àquele corpo... (última parte em breve)
Ps. A Última parte da saga de Augusto será postada em breve também.
Arthur Alter

domingo, 3 de janeiro de 2010

Continuação - A saga de Augusto

Meu Primeiro Amor
...Continuaram subindo a rua. Um breve silêncio reinou entre eles até que Marlos disse: vamos ao centro da cidade a amanhã? Tem um pista de gelo no Shopping BH e a gente poderia patinar. Augusto gostou da idéia. Combinaram de sair as dez da manhã de casa. Á medida que caminhavam Marlos ficava sempre mais próximo de Augusto. A noite veio serenamente e também fria. Ao chegarem à frente do prédio onde Augusto morava, já era quase sete da noite. Marlos logo sentou-se no meio fio à margem da rua e Augustou sentou-se ao seu lado, reservando um curto espaço entre eles e foi logo dizendo: preciso entrar. Está frio e meus pais já devem estar preocupados comigo, já escureceu. Naquela noite de inverno, a rua estave deserta. No céu a lua aparecia timidamente meio encoberta por nuvens escuras.
Marlos apenas disse tudo bem, mas fique só mais um pouquinho e chega mais perto de mim, não precisa ficar com receio não, a gente já é amigo né?
É, a gente é. Mas é que... e fora interrompido quando Marlos pegou suavemente em sua mão levando-a a seu peito dizendo entre meias palavras: vê como bate meu coração? Descompassado e apressado. É sempre assim quando estou perto de você. Eu sei que te conheci ontem. Mas, é mais forte que eu.
Augusto tomou-lhe sua mão da dele e disse: eu acabei de chegar aqui, não sei se seria legal. E talvez eu vá mudar rápido de novo. Eu nunca fico muito tempo num mesmo lugar e isso sempre me faz sofrer. Não quero passar por isso de novo e nem quero que você sofra. Marlos dessa vez, sem tomar-lhe a mão, toca-a suavemente e pergunta: você gosta da minha companhia? Ao que Augusto disse sim, claro que sim.
Então!? Olha eu espero numa boa. Você decide. Não quero apressar nada. Mas pensa que podemos nos conhecer melhor. Prometo que não vou te forçar a nada. Mas me promete uma coisa?
O quê? Perguntou Augusto.
Não foge de mim não. Só porque eu te disse isso hoje.
Não, claro que não, eu quero muito... e mais uma vez fora interrompido com um breve e furtivo beijo no rosto. Augusto apenas sorriu timidamente.
Marlos então o convida para ir à sua casa para jogarem vídeo game, ainda naquela noite. Augusto olhou-o com um ar misterioso e duvidoso de suas intenções e disse: não, não sei não. E meus pais podem não deixar. Afinal a gente chegou aqui no bairro ontem.
Ah que isso. Não precisa ficar encabulado comigo não. A gente vai só jogar, eu prometo. Eu te dou o telefone da minha casa e você deixa com sua mãe. Quando você chegar lá em casa a gente liga pra ela, eu moro aqui no quarteirão, há cinco minutos daqui. Vamos lá, vamos!
Ok, me dá seu telefone. Mas eu preciso tomar um banho antes. Você pode ir. Eu chego lá daqui a pouco. Trocaram o número do telefone. Se despediram e Augusto já ia subindo quando Marlos disse: ei, não demora tá?
Augusto subiu tomou um banho. Sua mãe havia preparado pizza. Comeu e disse à sua mãe que gostaria de ir à casa do amigo. Sua mãe ficara meio preocupada e já ia contestar negativamente quando ele insistindo que era bem próximo e vizinhos e que quando chegasse lá ligaria pra ela ver o quão perto era. Assim sua mãe concordou mas disse-lhe: no máximo as dez esteja em casa mocinho. Augusto concordara sem reclamações, afinal ainda não era nem oito da noite.
Em cinco minutos estava na casa de Marlos. Logo que apresentado à sua mãe, ligou também pra sua mãe que ficou tranquila ao saber que ele estava mesmo bem perto de casa. E foram jogar, na verdade passaram mais tempo escolhendo o que jogar do que jogando. Toda vez que Augusto errava era motivo de gozações. Na verdade Augusto nunca fora fã de vídeo games. Depois de uma hora ou talvez mais de jogo Marlos fora buscar um suco pra eles. Ao voltar Augusto estava ali sentado, mas parecia triste. Na verdade a lembrança de seu passado, mudanças e perdas o havia encontrado novamente.
Marlos logo percebeu e perguntou: o que foi? Augusto tratou de desconversar. Marlos fora carinhoso e atencioso. Pegou-lhe a mão e disse a gente vai ser grandes amigos, pode acreditar, nada vai acontecer pra separar a gente. Levantou-se foi até a porta e fechou a devidamente. Augusto chegou a tremer. Marlos se aproxima e o acaricia no rosto e o beija com carinho. Augusto tenta se livrar, mas aos poucos se rende à ternura e carinho de Marlos. Mas logo diz: você disse que a gente iria só jogar.
É, eu disse. Mas isso é parte do jogo disse Marlos sorrindo.
Augusto então diz, preciso ir. Mamãe me deu até dez horas apenas e já esta quase na hora. A gente se fala amanhã. Vamos ao shopping certo? E Marlos respondeu: sim, vamos. Antes de sair Augusto se aproxima de Marlos e beija-o intensa e demoradamente. Marlos perdera o fôlego. Augusto riu e disse baixinho: você ainda não me pediu em namoro. Então não pode me beijar mais ok? e já abriu a porta do quarto. Marlos não pode dizer mais nada. Apenas acompanhou-o até o portão. E aquela noite seria de sonhos e pouco sono para os dois. E na manhã seguinte eles iriam patinar...
Arthur Alter